Teste do pezinho vai rastrear até 50 novas doenças
Atualmente, o exame detecta seis doenças. Quanto antes for realizado, mais rápido o diagnóstico e, se preciso, o tratamento para evitar possíveis sequelas
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Assuntos abordados:
– Teste do pezinho
– Doenças raras
– Saúde do bebê
– Fatores comportamentais
– Fatores emocionais
Mais de 80% dos bebês nascidos no Brasil fazem o teste do pezinho, exame disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e nas redes privadas, que é feito por meio de coleta de gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido. O teste, que atualmente detecta seis doenças (fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase), passará a rastrear até 50 doenças a partir de junho de 2022.
Somente na rede pública, são realizados mais de 2,4 milhões de testes por ano em mais de 28 mil locais, entre maternidades e unidades básicas de saúde. Para se ter uma ideia, entre 2012 e 2017, dos 14,5 milhões de recém-nascidos que fizeram o teste, 17.410 mil tiveram doenças detectadas, como o hipotireoidismo congênito e a doença falciforme.
A ampliação para novas doenças será feita no próximo ano de forma escalonada de acordo com prazos implementados pelo Ministério da Saúde, sendo que essa ampliação se deu a partir da sanção da lei 14.154, no último dia 26 de maio. Com a nova lei, o exame passará a abranger 14 grupos de doenças. Segundo a Pasta, a primeira etapa prevê a inclusão de doenças relacionadas ao excesso de fenilalanina, patologias relacionadas à hemoglobina e toxoplasmose congênita.
Na segunda etapa, serão detectados: nível elevado de galactose no sangue, aminoacidopatias, distúrbio do ciclo de ureia e distúrbios de beta oxidação de ácidos graxos. Já na terceira, serão incluídas doenças que afetam o funcionamento celular; enquanto na quarta, problemas genéticos no sistema imunológico. A partir da quinta, será testada a atrofia muscular espinhal. Todas essas doenças podem ser consideradas raras e podem levar a convulsões, retardo mental e neurodegeneração.
O teste do pezinho ajuda a prever situações inesperadas e a planejar melhor o futuro, antecipando soluções para eventuais doenças ou condições. A pergunta que fica é: “Você, que é mãe, pai ou responsável, também se preocupa com sua própria proteção e cuidado para que possa cuidar dos filhos”? Responda este teste e descubra o seu nível de proteção pessoal, da sua família e de suas conquistas. É rápido e você pode se surpreender!
Curiosidades
- A data ideal para realizar o teste é entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que seja até o 7º dia de vida, sem hesitação ou atraso – alguns pais deixam para fazer o teste somente quando a criança vai ao posto de saúde para vacinar.
- Quanto mais rápida a identificação e o início do tratamento das doenças, maior a possibilidade de evitar sequelas, como a deficiência mental, microcefalia, convulsões, comportamento autista, fibrosamento do pulmão, crises epilépticas.
- Com o teste é realizada a triagem. Se o resultado estiver alterado, a família e o ponto de coleta são contatados pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) e o bebê é reconvocado para fazer novos exames, que podem confirmar ou excluir a doença para a qual a triagem foi alterada. Os casos são acompanhados por meio da Atenção Especializada do SUS.
- O teste do pezinho começou a ser feito no Brasil na década de 1970, a partir de uma doença chamada fenilcetonúria, que causa retardo mental.
- Em junho de 2001, a Portaria 822 do Ministério da Saúde instituiu, no âmbito do SUS, o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), que obriga hospitais públicos e particulares a realizarem o teste do pezinho.
- Caso seja detectada alguma doença, o Programa de Triagem Neonatal realiza gratuitamente o acompanhamento de quem for diagnosticado na rede do SUS.
Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos
*Com informações do Ministério da Saúde e da Agência Brasil
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