Cuidar

Sente seu filho mais triste, sonolento, com medo e desmotivado?

94% das crianças e adolescentes mudaram de comportamento desde o início da pandemia. Saiba como ajudá-los

PUBLICADO POR

BB Seguros

segunda-feira fevereiro 21, 2022

COMPARTILHE

Tempo estimado de leitura: aproximadamente 6 minutos

 

Assuntos abordados:

– Mudança de comportamento

– Medo

– Obesidade infantil

– Pandemia

– Covid-19

– Convívio social

– Fatores comportamentais

– Fatores emocionais

Assim como nós, adultos, lidando com os impactos de uma rotina diferenciada causada pela pandemia, as crianças e adolescentes estão frente ao desafio de conviver com o novo normal – seja pelo isolamento, pela falta de convívio familiar e com os amigos, pela ausência de atividades presenciais ou o medo de contaminação do Covid-19.
O fato é que, em diferentes níveis, eles também estão sofrendo e é preciso observar este comportamento. Pesquisa realizada pelo Instituto Natura e pela Fundação Lemann com responsáveis por mais de 2.100 crianças e adolescentes, mostrou que 94% tiveram alguma mudança de comportamento.

 

O pediatra, intensivista e coordenador do Pronto Socorro Infantil do Hospital Brasília Águas Claras, Mario Carpi, afirma que isso tudo tem sido observado pelos pediatras na prática. “Não foi somente o isolamento social, que sem dúvidas é prejudicial para a saúde física e psíquica de crianças e adolescentes. Esse isolamento veio recheado de pânico, de medo de perder seus pais e parentes. Ficar trancado em casa sem tomar sol, sem brincar no parque, sem ir à escola não traz nenhum benefício”, explica.

 

Com 10 anos, Maria Eduarda Lubisco se enquadra nessa realidade: “Fiquei entediada por não poder ir para o colégio e ver meus amigos, passei a dormir mais, comer mais e sentir muita preguiça de voltar a fazer atividades físicas”, conta. “O sedentarismo claramente é associado ao aumento de peso, mas o medo e a angústia também causam reações fisiológicas, como a liberação de cortisol e noradrenalina, que além de efeitos cardiovasculares interferem no desenvolvimento cerebral das crianças e aumentam o apetite”, justifica o médico.

 

Os dados da pesquisa mostram ainda que:

 

  • 56% ganharam peso, 44% se sentiram tristes, 38% ficaram com mais medo e 34% perderam o interesse pela escola. Entre os que ficam sozinhos em casa, são mais altos os índices dos que passaram a dormir mais, ficaram mais quietos ou têm mais dificuldades para dormir;
  • 10% das crianças e dos jovens passam o dia na casa de outras pessoas, metade deles na residência dos avós. Dos 90% que ficam na casa de seus responsáveis (pai, mãe, madrasta e/ou padrasto), 14% permanecem sozinhos no local ou apenas com irmãos, sem adultos responsáveis;
  • 37% das crianças e adolescentes estão jogando videogame ou celular com mais frequência e 43% aumentaram as horas de TV;
  • 75% disseram que sentem falta das aulas presenciais ou de algum professor e 60% sentem falta do convívio social e dos amigos;
  • Quando avaliadas, as crianças e adolescentes de famílias com renda menor, até dois salários mínimos, 59% tiveram ganho de peso, 51% passaram a dormir mais, 48% ficaram mais agitados, 46% ficaram mais tristes, e 35% perderam o interesse pela escola.

 

Como os pais podem ajudar a lidar com essa realidade – Dr. Mario defende que o primeiro passo é cuidar da saúde mental e de seu equilíbrio. “Como queremos que as crianças aprendam a lidar com situações adversas e se tornem adultos seguros e capazes de resolver problemas se, ao invés de demonstrar coragem e equilíbrio, nos comportamos diante dos filhos como indivíduos medrosos e inseguros?”, questiona. Ele ainda explica que as crianças são “esponjas” do ambiente, se espelham nos pais. “Assim, se lhes oferecemos coragem e equilíbrio, é dessa forma que tendem a lidar com a vida.”

 

Na prática, o especialista defende que os pais e mães precisam dar atenção às crianças e aos adolescentes. A dica, segundo Mario Capri, é dedicar um tempo para fazerem algo em família, brincar de bola, jogos, passear no sol, andar de bicicleta, assistir a um filme. “Tentem sempre almoçar e jantar juntos, conversando, deixando os pequenos falarem, inclusive expondo suas angústias. Conversem!”.

 

Sobre a pesquisa – A pesquisa ouviu 1315 responsáveis por mais de 2.100 crianças e adolescentes (4 a 18 anos) matriculados na rede pública ou fora da escola, de todo o Brasil. Também foram entrevistadas 218 pessoas com idades entre 10 e 15 anos. O levantamento foi feito entre 16 de junho e 7 de julho de 2021.

 

Sobre o amanhã – Os pequenos que têm um mundo à frente para desvendar e cabe aos pais também esse cuidado com o futuro dos seus filhos. Pensando nisso, a BB Seguros oferece o Brasilprev Júnior, com ele você pode começar a contribuir desde os primeiros dias de vida do seu filho, escolher quanto e quando vai aplicar.

 

* Com informações da fundacaolemann.org.br

 

Conteúdos relacionados:

 

Mindfulness: minimizando a ansiedade de crianças e adolescentes

 

Obesidade infantil pode ser combatida com hábitos saudáveis em casa

 

Rotina Diária e educação infantil

 

Você escolheu ser feliz hoje?

 

Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos

 

Gosta deste tipo de conteúdo? Então, assine a newsletter e não perca nenhum texto!

 

O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Voltar
ao Topo