Finanças entre casais e namorados? Entenda como fortalecer essa relação

Tempo estimado de leitura: aproximadamente 6 minutos

Assuntos abordados:

– Planejamento financeiro

– Planejamento familiar

– Investimentos

– Organização pessoal

– Fatores emocionais

– Fatores culturais

Recém casados, Bruno Witt e Miryane Witt, são um exemplo de um casal que buscou um caminho próprio para lidar com a questão financeira enquanto ainda eram namorados e começavam a fazer planos juntos. Depois de muitas conversas e meses de economia para o casamento, que aconteceu no último mês de maio, eles organizaram uma cerimônia em formato intimista e, consequentemente, menos onerosa.

No primeiro momento, o planejamento do casal era oficializar a união após a pandemia, foi quando eles começaram a guardar dinheiro. Mas o sonho falou mais alto e eles optaram por um elopement wedding, que quer dizer, basicamente, um casamento a dois, formato que vem sendo utilizado para casamentos que acontecem de maneira repentina e, até mesmo, secreta. Geralmente, quando há convidados, eles são pouquíssimos, somente os membros da família mais chegados, como pai, mãe, irmãos e amigos muito próximos. Por se tratar de algo restrito, essa modalidade de casamento pode ser realizada durante a pandemia, respeitando as regras de segurança e sanitárias previstas.

Dessa forma, os custos com a cerimônia foram reduzidos e, assim, puderam investir em outros preparativos. “O essencial é não sair do planejamento, tem muitas opções lindas para todos os tipos de gostos, então é possível fazer um casamento muito bonito dentro do orçamento planejado. Nossa dica é fazer uma lista com tudo que o casal deseja para o casamento, comparar orçamentos e estabelecer prioridades. A partir disso fica mais fácil se manter no foco e não extrapolar os gastos”, aconselha o casal.

Os recém casados são bancários e atuam no BB. Portanto, a partir da experiência de lidar com o dinheiro no ambiente de trabalho, eles já traçaram uma estratégia para lidar com as finanças domésticas. “Melhoramos muito nossa qualidade de vida quando começamos a anotar os gastos uma vez por semana. Temos, inclusive, um despertador para nos lembrar do “dever de casa”. Toda quinta-feira sentamos juntos e alimentamos uma planilha de gastos. Ter um orçamento nos fez entender que muitas vezes achamos que estamos gastando “só R$ 100 por mês” em restaurantes, roupas, enquanto muitas vezes gastávamos quatro, cinco vezes mais. Nossa última decisão financeira foi usarmos somente um dos cartões de crédito para reduzirmos os gastos”, explicam.

Para a psicóloga clínica Juliana Gebrim, as contas do casal têm que ser organizadas em comum acordo. “Tem casal que funciona bem com o depósito da renda em uma única conta, mas há aqueles que preferem a conta individual. E isso precisa ser combinado”, orienta. Ainda de acordo com Gebrim, as pessoas não brigam por causa do dinheiro, mas por causa do seu significado. Ela exemplifica: “se eu brigo com meu marido porque ele gastou a mais, não brigo por causa do dinheiro, mas sim pelo sentimento de egoísmo ou de falta de atenção no patrimônio em relação às questões emocionais”. Por isso, a especialista alerta: “é preciso ficar atento a esse controle, de forma que o valor do dinheiro não se sobressaia ao valor da relação”.

Crédito: Maruk Photo

Bruno e Miryane compartilharam com o Blog BB Primeiros Passos dicas, vejam abaixo:

• O primeiro passo é fazer o orçamento do casal. É ele que vai indicar para onde o salário está indo, onde está gastando demais e onde cortes podem ser feitos.

• Depois disso, é bom estabelecer metas mensais para investir o dinheiro, sempre diversificando e pensando no longo prazo.

• Invista, primeiro, em uma reserva de emergência com quatro ou cinco salários do casal. O investimento deve permitir o resgate imediato em caso de emergências.
• Após ter essa reserva pronta, o ideal é começar a investir em longo prazo, como uma previdência e a outra parte em algo com maior risco.

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